quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Lição 7: Paulo, Um Modelo de Lider-Servidor

Paz do Senhor,

O recurso didático para essa aula segue a seguinte estrutura:
 Apresentação do Assunto Geral
 Análise do Texto Bíblico
 Extração de Lições para a Vida e Ministério

Didática Para Aula: Questões sobre Liderança
 O que é um Líder? e um Lider-Servidor?
 Apresentar conceitos seculares de Liderança:
          Autocrática (Lider Manda) e Democrática (Líder co-manda). Na pedagogia podemos abranger algumas formas de liderar: quando o líder pensa por seus liderados, quando o líder pensa com seus liderados e quando o líder deixa que seus liderados pensem por si mesmos.

Frases Interessantes sobre Liderança:
"Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar ás pessoas que você é, você não é." (Margaret Thacher)
"Um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderado por uma ovelha." (Provérbio Árabe)
Aquele que pretende ser um líder tem que ser uma ponte. (Provérbio gaulês)

"A primeira responsabilidade de um líder é definir a realidade. A última é dizer obrigado. No meio, o líder é um servo." (Max De Pree)
"Bons líderes fazem as pessoas sentir que elas estão no centro das coisas, e não na periferia. Cada um sente que ele ou ela faz a diferença para o sucesso da organização. Quando isso acontece, as pessoas se sentem centradas e isso dá sentido ao seu trabalho." (Warren Bennis)
"O grande líder é aquele que está disposto a desenvolver as pessoas até o ponto em que elas eventualmente o ultrapassem em seu conhecimento e habilidade." (Fred A. Manske)
"Liderança é fazer o que é certo quando ninguém está olhando." (George Van Valkenburg) 

Problematização:
       Ausência de Servos e Excesso de Senhores. A Igreja Atual vive uma grande crise de identidade. Os crentes pentecostais se esqueceram sua origem e seu chamado.
       Nós não somos protestantes, não somos filhos de igrejas da reforma, mas do grande avivamento de Rua Azuza, do ministério de William Seymour. Na origem do movimento pentecostal estão características de Santidade, Serviço e Humildade. Na Igreja de Rua Azuza o poder pentecostal não se manifestava em dádivas financeiras, ou em bençãos materiais, mas na presença do Deus que Liberta, que Salva, que Cura e Batiza com o Espírito Santo. Essa fé pentecostal tinha o poder de formar servos. Entretanto, recentemente, surgiu um "porco nas vinhas do Senhor", uma teologia da prosperidade procurando desvirtuar tudo que procede de Deus.
     Assim, os crentes já não tem vindo à Igreja para buscar Jesus, para viver em Santidade, ou para servir, mas vêm unicamente para serem servidos. Infelismente muitos crentes tornaram-se Senhores. Trocaram a Graça de Deus por dádivas e bençãos materiais, valorizam apenas o vaso, apenas o exterior (Ver lição 6). Pedem a Deus bençãos mediocres como carros e dinheiro, coisas que todo mundo tem, coisas sem valor, e não buscam mais o que realmente vale, não tem mais buscado a Cristo, a Salvação e a nova vida. Não são mais servos, pois tornaram-se Senhores.
      Onde está essa filosofia que não tem poder de fazer servos e apenas Senhores? Está nas teologias de auto afirmação (Eu vou vencer! você tem a vitória! Deus está no negócio!) são jargões de afirmações que negam a bíblia, principalmente por que não são contextualizados. Para um crente antigo será fácil entender que a vitória está em Cristo, mas para um crente novo,  a vitória (sem contextualização) está nele mesmo. Nas músicas que transformaram os crentes em semi-deuses para não dizer deuses. As musicas tem dado poderes para vencer todas as dificuldades, tem auto afirmado a benção, e muitas vezes sem se refereir a Cristo. As pregações licenciadas pela ausência de Cristo e pela presença da mensagem que as pessoas gostam de ouvir. Toda essa estrutura só pode formar senhores, "Filhos do rei" todos cheios de autoridade e poder e vazios de Cristo e sua mensagem de serviço.

 1) Análise do Texto Bíblico 2Co 6:1-10
Texto áureo: 6:1 E nós, na qualidade de cooperadores (gg. Sunergeo= trabalhar junto) com ele, também vos exortamos (gg. parakaleo = chamar ao lado)  a que não recebais (dekomai = levar consigo) em vão (kenos= aparentemente) a graça de Deus.
   Cooperadores: Propaganda do Sicrede: Quem Coopera, Cresce! Paulo usa o termo cooperar em relação ao ministério da reconciliação e chama a atenção para um fato muito importante: "Receber a Graça de Deus em Vão". Pode o crente recebre a graça de Deus em Vão? Como? Para Paulo, a vida cristã de aparência e vazia de vida com Deus , Vazia de serviço, de entrega, cheia de si mesma, preocupada apenas com esse mundo, apenas com o aspecto exterior do vaso, essa é a vida que recebe a graça de Deus em Vão, aquie o termo "em vão" significa de aparência. Não recebe de verdade, apenas aparenta receber a graça. Será que realmente vivemos de modo digno da Graça de Deus ou apenas de Aparência? A graça de Deus é uma dádiva, entretanto pode ser recebida em vão, ou seja, pode ser vivida sem o devido valor, sem significado, esvaziada de seu sentido.
    Paulo como cooperador de Deus: cuidado, pois uma má interpretação da revista pode transformar Paulo em um xerife da Igreja. Paulo não é um perseguidor dos erros dos irmãos, ou um crítico esperando um deslize, mas um servo de Deus ao molde de Cristo, preocupado com a Igreja e com as más influências que estavm torcendo o evangelho, por isso exorta (Exortar não é surrar, é chamar ao lado, edificar).
   Didática: Professor pode propor um paralelo com os alunos: (Fato x Aparência)
         1) A vida que recebe a graça de Deus em Vão (de aparência) 
         2) A vida que recebe a graça de Deus de Fato, (que a valoriza) 


6:2 (porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação) (Is 49:8);
     Tome cuidado para não desvincular a ideia principal. Esse verso está fortalecendo o argumento do verso 1, onde Paulo afirma que é possível receber a graça de Deus em vão. Ou seja, não devemos receber a graça de Deus em vão por dois motivos: 1) o tempo  2) o socorro.
    Qual o papel do tempo em relação ao serviço? Como nós usamos o tempo? Como uma pessoa que recebe a graça de Deus em vão usa o tempo? o desprezo e os caprichos da vida tendem a prender-nos de tal forma que não temos mais tempo para Deus. Tudo é às pressas, orar, vir a Igreja, Jejuar, ler a Bíblia, não se dá mais tempo de qualidade para Deus. Será que estamos dormindo? Será que a igreja não percebe mais a vóz de seu Senhor? o chamado para o ministério, para o discipulado, para a entrega da vida. Deus não está chamando ninguém para vir à Igreja, mas apenas para entregar nossa vida integralmente. Otempo da salvação, ou o tempo do Socorro é o alvo do ministério de reconciliação que estava sendo abandonado por uma vida voltada apenas para o que é passageiro, para esse mundo, seus bens e valores.
     Didática: Falar sobreo Tempo para Deus.
                     Relacionar a Salvação com outros valores de nossa época.

2) Abnegação de um líder Servo 6:3-10
     O Cuidado; a Experiência; a Graça
3-10 não dando nós nenhum motivo de escândalo (gg. levar a queda, cortar, derrubar) em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado (gg. momaomai = manchado). Pelo contrário, em tudo recomendando-nos (gg. sunistao = colocar de pé) a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência (gg. upomone = constância, não se devia do propósito), nas aflições, nas privações, nas angústias (gg. stenokoria = estreito), nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas (gg. deqsios = Mão direita), quer defensivas (gg. aristeros = mão esquerda); por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo. 

Motivo de Escandalo: Negociando a fé Cristã. Paulo não negociou a Fé. A questão do escandalo nesse contexto não está relacionado com pecados como prostituição, adultério e outros do gênero. Não é esse tipo de escândalo que Paulo está falando, mas do ser pedra de tropeço. No contexto, ser pedra de tropeço é o ato de negociar a fé, de abrir mão dos valores mais relevantes da fé. Escandalizar é fazer tropeçar, e o motivo desse tropeço é a vida do crente que recebe a graça de Deus em vão. A vida de Paulo testemunha que não recebeu a graça de Deus em vão e por isso não serviu de escânda-lo, pois foi zeloso até o fim.
    O tipo de cristianismo burguês vivido nas igrejas de Cristo está numa vertente totalmente oposta à biblia. O cristianismo burgues negocia a fé com valores seculares, recebendo a graça em vão. Negocia-se a fé quando o crente não testemunha, quando se cala para não incomodar, quando muda seu padrão de vida para ser aceito nos diversos circulos sociais. O crente negocia a fé e serve de escandalo quando sua vida não aponta para Cristo, quando nosso Senhor não é lembrado em nossos atos. Quando abandonamos a seriedade da mensagem de Cristo e vivemos de brincadeirinhas e risadinhas, impedindo que as pessoas ao nosso redor vejam a seriedade da mensagem de Cristo. Quando o crente vive de piadinhas, as pessoas ao seu redor não o levam a sério, e isso impede seu testemunho.
     Recurso didático: Existem vária formas de Escandalizar negango a fé. Peça que os alunos falem algumas.

Recomendando-nos: Posição do Crente. Paulo se coloca de pé, não tem por que se esconder. Será que podemos nos colocar de pé como testemunhas? como modelos de vida com Deus, ou será que temos de nos esconder? Qual a posição do crente em sua família? trabalho? sociedade? Igreja?


Constância nos sofrimentos: Atitudes nos momentos bons e ruins: Paulo não fugiu, nem abandonou, mas em tudo foi exemplo sempre. Outro tema relevante para essa lição: Constância. Como reagimos diante das situações difíceis? e diante dos momentos de alegria? Paulo afirma que sempre foi constante, seja nos momentos difíceis ou nos bons momentos. Como vivemos hoje? Será que abandonamos o Senhor nos momentos bons? e nos apegamos à cruz nos momentos difíceis?

Armas da Justiça: Mão esquerda (defesa, escudo) e Mão direita (ataque, espada). Outro recurso didático é a exemplificação das armas. Paulo está se referindo à um soldado armado do exercito, equipado com espada e escudo. Isso é muito relevante, pois quando olhamos para nossos dias, que tipo de soldado encontramos? 1) os desarmados. Muitos crentes abandonaram a luta pelo evangelho, tornaram-se reféns do mundo, acredito que muitos até gostam de ser reféns. 2) os que possuem duas espadas. Outro grupo da Igreja, são os perseguidores de erros, os caçadores de pecados, os purificadores da Igreja, conhecidos como Santarrões ou Ternudos, assemelham-se aos fariseus do NT, pois não entram nem deixam que alguém entre no reino dos céus. 3) os que possuem dois escudos. Estão sempre na retaguarda, fogem da batalha, não evangelizam, e vivem se defendendo, isso quando não inventam um inimigo para justificar seus dois escudos. 4) aquele que possui uma espada e um escudo.

Abnegação: Honra e desonha, fama e infâmia; enganadores sendo verdadeiros; desconhecidos sendo conhecidos; estristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas sendo ricos, nada tendo, mas tudo possindo. Aqui Paulo conclui seu pensamento. Reune a idéia do capitulo 5 e 6. Paulo apresenta o vaso sendo desfeito e revelando o verdadeiro valor do vaso, que é seu conteúdo. Quais os valores que devem dirigir nossa vida? Honra ou deseonra? Fama ou infamia? mentira ou verdade? tristeza ou alegria? pobreza ou riqueza? Para Paulo, mesmo que a situação social fosse terrível, isso não lhe pesava, pois o verdadeiro valor de sua vida estava além de toda essa estrutura material. O valor de sua vida estava em Deus.
   Didática: Levar os alunos a confrontar os valores atuais: de Deus e da sociedade, e procurar a Igreja.
3) As armas de ataque e defesa de um Lider-Servidor

       Guerra Espiritual; contrastes de um Lider Servidor; Para os teólogos da prosperidade

     Quais são as armas de um líder? de um servo de Deus? Quais são as armas seculares?  a quem nossas armas devem ser dirigidas? de quem devemos nos defender? O que é Batalha Espiritual?

1) Atualmente muitas armas são usadas nos relacionamentos seculares. Egoismo, corrupção, revolta, vingança, ira, inveja, rancor, amargura, ciúmes, ódio, etc... Será que a igreja tem usado essas armas em seu relasionamento comunitário?  e em nossas familias e locais de trabalho?
2) Quem é nosso inimigo?  temos um inimigo?   
  Didática: Faça um apanhado das principais armas usadas em nossos dias e em nossas vidas.
  
Conclusão:
    Paulo continua no mesmo tom que no cap. 5, exortando ao reconhecimento de Cristo na própria vida contra o esvaziamento do sentido de Deus. Nesse processo usa seu próprio testemunho como principal valor para edificação da igreja. Esse é o grande ministério, a vida.

Que Deus Abençoe!
Eduardo Sales

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