sexta-feira, 2 de abril de 2010

JEREMIAS - Lição 1

Nesse trimestre estudaremos sobre o Livro do profeta Jeremias, estarei fazendo uma exegese do livro para auxílio aos professores. Boa aula e que Deus nos abençoe!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Lição 7: Paulo, Um Modelo de Lider-Servidor

Paz do Senhor,

O recurso didático para essa aula segue a seguinte estrutura:
 Apresentação do Assunto Geral
 Análise do Texto Bíblico
 Extração de Lições para a Vida e Ministério

Didática Para Aula: Questões sobre Liderança
 O que é um Líder? e um Lider-Servidor?
 Apresentar conceitos seculares de Liderança:
          Autocrática (Lider Manda) e Democrática (Líder co-manda). Na pedagogia podemos abranger algumas formas de liderar: quando o líder pensa por seus liderados, quando o líder pensa com seus liderados e quando o líder deixa que seus liderados pensem por si mesmos.

Frases Interessantes sobre Liderança:
"Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar ás pessoas que você é, você não é." (Margaret Thacher)
"Um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderado por uma ovelha." (Provérbio Árabe)
Aquele que pretende ser um líder tem que ser uma ponte. (Provérbio gaulês)

"A primeira responsabilidade de um líder é definir a realidade. A última é dizer obrigado. No meio, o líder é um servo." (Max De Pree)
"Bons líderes fazem as pessoas sentir que elas estão no centro das coisas, e não na periferia. Cada um sente que ele ou ela faz a diferença para o sucesso da organização. Quando isso acontece, as pessoas se sentem centradas e isso dá sentido ao seu trabalho." (Warren Bennis)
"O grande líder é aquele que está disposto a desenvolver as pessoas até o ponto em que elas eventualmente o ultrapassem em seu conhecimento e habilidade." (Fred A. Manske)
"Liderança é fazer o que é certo quando ninguém está olhando." (George Van Valkenburg) 

Problematização:
       Ausência de Servos e Excesso de Senhores. A Igreja Atual vive uma grande crise de identidade. Os crentes pentecostais se esqueceram sua origem e seu chamado.
       Nós não somos protestantes, não somos filhos de igrejas da reforma, mas do grande avivamento de Rua Azuza, do ministério de William Seymour. Na origem do movimento pentecostal estão características de Santidade, Serviço e Humildade. Na Igreja de Rua Azuza o poder pentecostal não se manifestava em dádivas financeiras, ou em bençãos materiais, mas na presença do Deus que Liberta, que Salva, que Cura e Batiza com o Espírito Santo. Essa fé pentecostal tinha o poder de formar servos. Entretanto, recentemente, surgiu um "porco nas vinhas do Senhor", uma teologia da prosperidade procurando desvirtuar tudo que procede de Deus.
     Assim, os crentes já não tem vindo à Igreja para buscar Jesus, para viver em Santidade, ou para servir, mas vêm unicamente para serem servidos. Infelismente muitos crentes tornaram-se Senhores. Trocaram a Graça de Deus por dádivas e bençãos materiais, valorizam apenas o vaso, apenas o exterior (Ver lição 6). Pedem a Deus bençãos mediocres como carros e dinheiro, coisas que todo mundo tem, coisas sem valor, e não buscam mais o que realmente vale, não tem mais buscado a Cristo, a Salvação e a nova vida. Não são mais servos, pois tornaram-se Senhores.
      Onde está essa filosofia que não tem poder de fazer servos e apenas Senhores? Está nas teologias de auto afirmação (Eu vou vencer! você tem a vitória! Deus está no negócio!) são jargões de afirmações que negam a bíblia, principalmente por que não são contextualizados. Para um crente antigo será fácil entender que a vitória está em Cristo, mas para um crente novo,  a vitória (sem contextualização) está nele mesmo. Nas músicas que transformaram os crentes em semi-deuses para não dizer deuses. As musicas tem dado poderes para vencer todas as dificuldades, tem auto afirmado a benção, e muitas vezes sem se refereir a Cristo. As pregações licenciadas pela ausência de Cristo e pela presença da mensagem que as pessoas gostam de ouvir. Toda essa estrutura só pode formar senhores, "Filhos do rei" todos cheios de autoridade e poder e vazios de Cristo e sua mensagem de serviço.

 1) Análise do Texto Bíblico 2Co 6:1-10
Texto áureo: 6:1 E nós, na qualidade de cooperadores (gg. Sunergeo= trabalhar junto) com ele, também vos exortamos (gg. parakaleo = chamar ao lado)  a que não recebais (dekomai = levar consigo) em vão (kenos= aparentemente) a graça de Deus.
   Cooperadores: Propaganda do Sicrede: Quem Coopera, Cresce! Paulo usa o termo cooperar em relação ao ministério da reconciliação e chama a atenção para um fato muito importante: "Receber a Graça de Deus em Vão". Pode o crente recebre a graça de Deus em Vão? Como? Para Paulo, a vida cristã de aparência e vazia de vida com Deus , Vazia de serviço, de entrega, cheia de si mesma, preocupada apenas com esse mundo, apenas com o aspecto exterior do vaso, essa é a vida que recebe a graça de Deus em Vão, aquie o termo "em vão" significa de aparência. Não recebe de verdade, apenas aparenta receber a graça. Será que realmente vivemos de modo digno da Graça de Deus ou apenas de Aparência? A graça de Deus é uma dádiva, entretanto pode ser recebida em vão, ou seja, pode ser vivida sem o devido valor, sem significado, esvaziada de seu sentido.
    Paulo como cooperador de Deus: cuidado, pois uma má interpretação da revista pode transformar Paulo em um xerife da Igreja. Paulo não é um perseguidor dos erros dos irmãos, ou um crítico esperando um deslize, mas um servo de Deus ao molde de Cristo, preocupado com a Igreja e com as más influências que estavm torcendo o evangelho, por isso exorta (Exortar não é surrar, é chamar ao lado, edificar).
   Didática: Professor pode propor um paralelo com os alunos: (Fato x Aparência)
         1) A vida que recebe a graça de Deus em Vão (de aparência) 
         2) A vida que recebe a graça de Deus de Fato, (que a valoriza) 


6:2 (porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação) (Is 49:8);
     Tome cuidado para não desvincular a ideia principal. Esse verso está fortalecendo o argumento do verso 1, onde Paulo afirma que é possível receber a graça de Deus em vão. Ou seja, não devemos receber a graça de Deus em vão por dois motivos: 1) o tempo  2) o socorro.
    Qual o papel do tempo em relação ao serviço? Como nós usamos o tempo? Como uma pessoa que recebe a graça de Deus em vão usa o tempo? o desprezo e os caprichos da vida tendem a prender-nos de tal forma que não temos mais tempo para Deus. Tudo é às pressas, orar, vir a Igreja, Jejuar, ler a Bíblia, não se dá mais tempo de qualidade para Deus. Será que estamos dormindo? Será que a igreja não percebe mais a vóz de seu Senhor? o chamado para o ministério, para o discipulado, para a entrega da vida. Deus não está chamando ninguém para vir à Igreja, mas apenas para entregar nossa vida integralmente. Otempo da salvação, ou o tempo do Socorro é o alvo do ministério de reconciliação que estava sendo abandonado por uma vida voltada apenas para o que é passageiro, para esse mundo, seus bens e valores.
     Didática: Falar sobreo Tempo para Deus.
                     Relacionar a Salvação com outros valores de nossa época.

2) Abnegação de um líder Servo 6:3-10
     O Cuidado; a Experiência; a Graça
3-10 não dando nós nenhum motivo de escândalo (gg. levar a queda, cortar, derrubar) em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado (gg. momaomai = manchado). Pelo contrário, em tudo recomendando-nos (gg. sunistao = colocar de pé) a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência (gg. upomone = constância, não se devia do propósito), nas aflições, nas privações, nas angústias (gg. stenokoria = estreito), nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas (gg. deqsios = Mão direita), quer defensivas (gg. aristeros = mão esquerda); por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo. 

Motivo de Escandalo: Negociando a fé Cristã. Paulo não negociou a Fé. A questão do escandalo nesse contexto não está relacionado com pecados como prostituição, adultério e outros do gênero. Não é esse tipo de escândalo que Paulo está falando, mas do ser pedra de tropeço. No contexto, ser pedra de tropeço é o ato de negociar a fé, de abrir mão dos valores mais relevantes da fé. Escandalizar é fazer tropeçar, e o motivo desse tropeço é a vida do crente que recebe a graça de Deus em vão. A vida de Paulo testemunha que não recebeu a graça de Deus em vão e por isso não serviu de escânda-lo, pois foi zeloso até o fim.
    O tipo de cristianismo burguês vivido nas igrejas de Cristo está numa vertente totalmente oposta à biblia. O cristianismo burgues negocia a fé com valores seculares, recebendo a graça em vão. Negocia-se a fé quando o crente não testemunha, quando se cala para não incomodar, quando muda seu padrão de vida para ser aceito nos diversos circulos sociais. O crente negocia a fé e serve de escandalo quando sua vida não aponta para Cristo, quando nosso Senhor não é lembrado em nossos atos. Quando abandonamos a seriedade da mensagem de Cristo e vivemos de brincadeirinhas e risadinhas, impedindo que as pessoas ao nosso redor vejam a seriedade da mensagem de Cristo. Quando o crente vive de piadinhas, as pessoas ao seu redor não o levam a sério, e isso impede seu testemunho.
     Recurso didático: Existem vária formas de Escandalizar negango a fé. Peça que os alunos falem algumas.

Recomendando-nos: Posição do Crente. Paulo se coloca de pé, não tem por que se esconder. Será que podemos nos colocar de pé como testemunhas? como modelos de vida com Deus, ou será que temos de nos esconder? Qual a posição do crente em sua família? trabalho? sociedade? Igreja?


Constância nos sofrimentos: Atitudes nos momentos bons e ruins: Paulo não fugiu, nem abandonou, mas em tudo foi exemplo sempre. Outro tema relevante para essa lição: Constância. Como reagimos diante das situações difíceis? e diante dos momentos de alegria? Paulo afirma que sempre foi constante, seja nos momentos difíceis ou nos bons momentos. Como vivemos hoje? Será que abandonamos o Senhor nos momentos bons? e nos apegamos à cruz nos momentos difíceis?

Armas da Justiça: Mão esquerda (defesa, escudo) e Mão direita (ataque, espada). Outro recurso didático é a exemplificação das armas. Paulo está se referindo à um soldado armado do exercito, equipado com espada e escudo. Isso é muito relevante, pois quando olhamos para nossos dias, que tipo de soldado encontramos? 1) os desarmados. Muitos crentes abandonaram a luta pelo evangelho, tornaram-se reféns do mundo, acredito que muitos até gostam de ser reféns. 2) os que possuem duas espadas. Outro grupo da Igreja, são os perseguidores de erros, os caçadores de pecados, os purificadores da Igreja, conhecidos como Santarrões ou Ternudos, assemelham-se aos fariseus do NT, pois não entram nem deixam que alguém entre no reino dos céus. 3) os que possuem dois escudos. Estão sempre na retaguarda, fogem da batalha, não evangelizam, e vivem se defendendo, isso quando não inventam um inimigo para justificar seus dois escudos. 4) aquele que possui uma espada e um escudo.

Abnegação: Honra e desonha, fama e infâmia; enganadores sendo verdadeiros; desconhecidos sendo conhecidos; estristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas sendo ricos, nada tendo, mas tudo possindo. Aqui Paulo conclui seu pensamento. Reune a idéia do capitulo 5 e 6. Paulo apresenta o vaso sendo desfeito e revelando o verdadeiro valor do vaso, que é seu conteúdo. Quais os valores que devem dirigir nossa vida? Honra ou deseonra? Fama ou infamia? mentira ou verdade? tristeza ou alegria? pobreza ou riqueza? Para Paulo, mesmo que a situação social fosse terrível, isso não lhe pesava, pois o verdadeiro valor de sua vida estava além de toda essa estrutura material. O valor de sua vida estava em Deus.
   Didática: Levar os alunos a confrontar os valores atuais: de Deus e da sociedade, e procurar a Igreja.
3) As armas de ataque e defesa de um Lider-Servidor

       Guerra Espiritual; contrastes de um Lider Servidor; Para os teólogos da prosperidade

     Quais são as armas de um líder? de um servo de Deus? Quais são as armas seculares?  a quem nossas armas devem ser dirigidas? de quem devemos nos defender? O que é Batalha Espiritual?

1) Atualmente muitas armas são usadas nos relacionamentos seculares. Egoismo, corrupção, revolta, vingança, ira, inveja, rancor, amargura, ciúmes, ódio, etc... Será que a igreja tem usado essas armas em seu relasionamento comunitário?  e em nossas familias e locais de trabalho?
2) Quem é nosso inimigo?  temos um inimigo?   
  Didática: Faça um apanhado das principais armas usadas em nossos dias e em nossas vidas.
  
Conclusão:
    Paulo continua no mesmo tom que no cap. 5, exortando ao reconhecimento de Cristo na própria vida contra o esvaziamento do sentido de Deus. Nesse processo usa seu próprio testemunho como principal valor para edificação da igreja. Esse é o grande ministério, a vida.

Que Deus Abençoe!
Eduardo Sales

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Lição 6: O Ministério da Reconciliação

Paz do Senhor, é com prazer que apresento esse suplemento de apoio ao Professor da EBD, que Deus te abençoe e lhe dê graça em sua ministração!

1) Apresentação do Tema: O Ministério da Reconciliação

Leitura e análise dos textos:
2Co 5:18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,

     Pergunta aos alunos: Qual a palavra chave (mais importante) do texto acima?
                                      O que é reconciliação?  (Anotar as respostas no quadro)
                                      Como acontece a reconciliação?  Quais os passos? Quando deve ser feita?
                                       Qual o Papel da Igreja na Reconciliação.

O Termo Reconciliação (grego: katallaqsantos) a compreensão do termo deriva do sentido de kata = para baixo; e allasso=trocar, reposicionar. Para melhor compreensão, reconciliar é reposicionar aquele que está por baixo, que está caído. Assim, Deus nos resposicionou em Cristo, nos tirou de nossa posição rebaixada e nos colocou na diakonia (ministério) da reconciliação.

2) Estudo do texto base da Lição: 2Co 5:1-21
        Recurso didático: O Visível e Transitório frente ao não-visível e eterno. 2Co 4 (contexto)
         Pergunta Introdutória para os alunos: Qual a diferença entre algo transitório e algo duradouro?
                                                                    Qual a diferença entre algo visível e algo não-visível?
                                                                    O que vale mais: bens tangíveis ou intangíveis?
                                                                    (tangível: que pode ser tocado)
       Pergunta retórica introdutória: Quais os valores mais relevantes para a sociedade atual?
                                                        Será que a Igreja de hoje valoriza mais os bens tangíveis?
                                                        Por que a mensagem da esperança no reino invisível está sendo
                                                            trocada pela mensagem do reino visível?
       Exegese resposta do Professor:
           Em primeiro lugar, Paulo não estava falando de um lar celeste. No capítulo 4 paulo estava falando de tesouro em vasos de barro, ou seja, da fragilidade humana diante da grandeza de Deus. Testemunha todos os sofrimentos que na realidade atingiram apenas o vaso, 4:7-12; exposição que Paulo faz sob a certeza de que o vaso será transformado com/por meio de Cristo à presença de Deus. Por isso Paulo não se acovarda 4:16; enquanto o exterior é destruido o interior é renovado. Mas essa realidade, Paulo já afirmava, só pode ser entendida por aqueles que tem o invisível por objetivo de suas vidas.
       A mensagem de Paulo no capitulo 4 de 2Coríntios vai de encontro à nossa realidade, pois confronta a superficialidade da vida Cristã. A superficialidade está naqueles que vivem somente das aparências, (como seus perseguidores que dependiam da retórica grega para se elevar). Uma vida cristã superficial é aquela que está mais preocupada com o vaso do que com seu conteúdo, mais preocupada com os enfeites que adornam o vaso do que com os valores que deve carregar. Assim, a certeza de que o vaso será transformado somente pode ser afirmada por aqueles que vivem para seu conteúdo, ainda que seja invisível. Não a certeza de ressurreição para vasos enfeitados! A certeza da ressurreição, para Paulo, está em sua aproximação ao ministério e testemunho de Cristo. Quanto mais nossos vasos se identificarem com o de Cristo, mas certeza teremos de que seremos ressuscitados.
     Para Paulo, covarde é aquele que não entrega sua vida para o evangelho com medo de arranhar seu vaso. Com medo de ser perseguido, com medo de ser humilhado, com medo de ser rebaixado. Será que existem crentes covardes em nossos dias?  Somente aqueles que conseguem ver que sua verdadeira vida está com Cristo Jesus são capazes de entregar seu vaso completamente na obra de Deus. Somente aqueles que não vivem pelo que estão vendo, mas que vivem pelo que não estão vendo, vivem verdadeiramente pela fé, pois a fé é a certeza das coisas que não se vêem. Assim, meu amado irmão, ir para a igreja e ter fé são coisas diferentes, praticar religião e ter fé são coisas diferentes. A certeza da salvação não é para aqueles que vêem suas obras, mas para aqueles que vêem a obra de Cristo.
        Recurso didático: A vida Além túmulo  2Co 5:1-5 
         Pergunta aos alunos: Como será a vida além túmulo?
                                           Será que existem casas no céu esperando-nos?
        
         Resposta exegética do professor: 
         Quado Paulo fala de tenda terrestre não está se referindo à nossa casa, mas ao nosso corpo, que, assim como no capítulo 4 se defaz e é frágil. O frágil será transformado em eterno 5:1; o termo "morada no céu" não é literal, mas refere-se à nova vida em Deus, uma vida que não se desfaz, que supera as tribulações, que se completa em Deus, por isso "morada nos céu", ou seja, em Deus. Na cultura judaica era muito comum usar o termo "no céu" com o sentido de "em Deus", como no livro de Mateus que apresenta  "reino dos céus" paralelo aos outros evangelistas que apresentam "reino de Deus".
        Será que essa transformação só acontecerá no futuro? O texto de 2Co 5:5 fala que Deus nos preparou para essa nova vida, e essa preparação se dá pelo Espírito Santo. Ou seja, na teologia Paulina a nova vida em Cristo começa aqui! Somente sobre esse pano de fundo podemos entende a afirmação: "gememos" no v.4.

Pergunta para a turma: Será que os crentes estão gemendo/ansiando pela transformação de seu vaso?

Quando Paulo fala de gemido, não está falando de "dor de barriga", ou de aflição emocional! é só ler novamente o capitulo 4 que você verá que o gemido é de dor e sofrimento que o vaso está passando por levar um conteúdo precioso e ser perseguido por isso. Assim, será que os gemidos dos crentes de nossas igrejas são gemidos de dor pelas perseguições que tem sofrido ao levar o evangelho?  ou será que são gemidos de ansiedade por não terem conseguido as "bençaos" que desejavam? So pode gemer por tranformação aquele que vive o evangelho com integridade capaz de ofender o mundo. Só geme genuinamente aquele que é perseguido por pregar o evangelho e tem no vaso as marcas de Cristo. Esse crente sim está sendo preparado pelo Espírito para a nova vida de Cristo, não como algo futuro, mas a ação do Espírito em sua vida faz com que seu vaso se gaste antes do tempo e necessite da tão esperada redenção.
      A dádiva do Espírito por penhor é a preparação para uma vida com Deus que já começa aqui, para um revestimento de Deus que já começa aqui, para uma vida de santidade que já começa aqui.
   
Recurso didático: O Tribunal de Cristo para todos os crentes 2co 5:6-10

        Pergunta aos alunos: Como será diante do Tribunal de Cristo?
                                         Saber que passaremos diante do tribunal de Cristo muda nossas vidas?
                                         Será que vivemos como pessoas que passarão diante do tribunal de Cristo?

Resposta exegética do professor:
         Novamente torno a dizer que Paulo não está falando de COAB no céu, o texto em questão não está falando de loteamento no céu. Quando Paulo fala de morada celeste, refere-se ao corpo!
         Paulo continua lindamente sua tese de que o corpo é frágil, transitório e ilusório. Quando compara o corpo com a pátria revela que ao viver preocupados apenas com o que vai acontecer com o vaso, apenas com o futuro do vaso, apenas com as decorações do vaso, estaremos exilado do Senhor. Viver para nosso vaso é exilar-se de Deus v.6; viver pelo vaso é viver sem fé caminhando apenas pelo que vemos, apenas pelo exterior, apenas por prêmios palpáveis e brilhosos. De outra forma, viver por fé não é ir à igreja e participar dos programas e cerimôniais, mas não viver apenas para o vaso, e sim para a verdadeira vida que está oculta em Cristo e que se manifestará na ressurreição. No v.7, é preferível exilar-nos do corpo, para morar com o Senhor, não se trata de "casa" mas de confiança. Será que nosso futuro depende de possuirmos uma casa? uma aposentadoria? um salário? ou será que depende de Deus. Nossa vida hoje está centralizada nas preocupações como nosso vaso ou na vida com Deus. Assim a doutrina do Tribunal de Cristo é justamente para julgar aqueles que viveram apenas para o corpo e abandonaram o Senhor v.10. 


Recurso didático: O AMOR DE CRISTO NOS CONSTRANGE 5:11-17
      A Força da persuasão à fé em Cristo Jesus v.11
      A Grando Motivação v.12,13
      O Amor que nos Constrange v.14-17
         Pergunta aos alunos: O que é persuadir?
                                          O que nos motiva a testemunhar?
                                          O que é o amor de Cristo?
                                           O Amor de Cristo nos Costrange?
Resposta exegética do professor:
      Paulo encerra seu argumento teológico de vivencial e passa a falar de seu ministério, da seriedade e zelo com que atua no Senhor, as vezes até com excesso e controle demasiados v.13 cuidando para que os irmãos tenham como responder aos que vivem apenas por aparência; Mas a justificativa de Paulo para suas ações está centrada em Cristo:

2Co 5:14-17 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

1) O Amor de Cristo nos Constrange (Une a Cristo na morte): O termo constranger não tem nada haver com a idéia de vergonha, ou de forçar alguém à fazer algo. O termo constranger no grego significa suneko, (sun = junto; e eko = ter) assim, suneko significa ter junto. No português o termo constranger também é usado no sentido de apertar (ver dicionário houaiss), unir. O sentido de vergonha vem da idéia de oprimir, dai constranger, sendo que a vergonha é o sentimento resultante da opressão. Assim quando dizemos que o amor de Cristo nos constrange, queremos dizer que o amor de Cristo nos une a Ele de tal forma que o mesmo destino dEle será o nosso, ou seja estamos constrangido (unidos à Ele) de tal forma que se um morreu logo todos os contrangidos morreram. 
2) O amor de Cristo nos Constrange (Une a Cristo na vida): Significa que nossa vida não está mais separada de Deus, mas unida de tal forma que, como foi a vida dEle será a nossa v.15; 
3) O amor de Cristo nos Constrange (Une a Cristo na esperança): A ninguém mais consideramos com critérios humanos, ou seja, não somos mais dominados pelos cuidados do vaso, mas pelos cuidados da vida que está oculta em Cristo Jesus, Por isso, se alguém está em Cristo não é mais um vaso velho, mas é nova Criatua!

O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO  5:18-21
    Reconciliação Palavra Chave da nova Criação 18,19
    O Ministério da Reconciliação
    Embaixadores de Deus   
         Pergunta para a classe: Qual a relação entre: Vaso Frágil, o Amor de Cristo e a Reconciliação?

Resposta exegética do Professor:
        Agora podemos entender melhor o ministério da reconciliação. Assim, conforme o contexto, a idéia de inimizade nem aparece, nem figura, mas a mudança de posição de frágil, temporal, tangível para uma nova criação, eterna em Cristo. A reconciliação executada por Cristo, de acordo com Paulo, nos alcansou em nossa miséria e nos elevou a posição de restauradores. Por isso tudo que era antigo, a vida baseada nos cuidados do vaso, já passou v.15;v.17, pois fomos reconciliados, não vivemos mais para o vaso, não vivemos mais de acordo com esse mundo, não vivemos apenas por vista, mas por fé. Tudo é obra de Cristo v.18
      Deus estava em Cristo reconciliando o mundo, ou seja descendo até o homem e restaurando sua posição. Não apontando os delitos, não apontando os erros ou a fragilidade do vaso, mas lhe confiando algo superior, mensagem da reconciliação.
      Somos Embaixadores de Deus em Cristo. Deixai-cos reconciliar com Deus. A mesagem da reconciliação não fala de inimizade mas de ofensa, de pecado. Os ser tratado como pecador Deus nos inocentou 5:21; esse é o ministério da reconciliação, ou seja o ato de salvar a pessoa de seu estado, de descer até a pessoa e restaurar sua posição.

Conclusão
    Pergunta para a turma: Quais Lições Aprendemos?
         1) Não devemos viver por vista, não devemos viver para embelezar o vaso terrestre
         2) A tranformação futura começa hoje!
         3) Todos Comparecerão diante de Cristo (Para dar conta da vida que regeu seu corpo)
         4) O Amor de Cristo nos Constrange à uma nova vida
         5) A Nova vida está baseada no ministério da reconciliação


Que Deus te abençõe!
Pf. Mtr. Eduardo Sales de Lima
Blog:teologiasalesiana.blogspot.com
AD Maringá/PR












    



3) Afirmações Teológicas